Homossexualismo ou homossexualidade?

O caso da piada homofóbica feita pelo disseminador de fake news bolsonarista Otávio Fakhoury contra o senador Fabiano Contarato e a elegantíssima resposta dada por este ao negacionista Fakhoury na sessão da CPI da pandemia repercutiu durante toda a semana. Emocionado, indignado, mas altivo, o senador falou em nome de todos aqueles que são diariamente desrespeitados neste país por sua orientação sexual, cor da pele, gênero, idade, condição física, origem étnica ou geográfica, e assim por diante.

É claro que eu jamais faria uma brincadeira tão sem graça e tão desrespeitosa, mas se a tivesse feito, naquele momento na CPI, diante das câmeras e de milhões de telespectadores brasileiros, teria cavado um buraco no chão e me enterrado nele. Para resumir numa palavra a atitude do militante bolsonarista, eu diria que, além de insultuosa, foi uma tremenda babaquice, coisa de moleque e não de homem feito. Ainda mais vindo de alguém que detém certa cultura, muitos recursos materiais e que exalta a família o tempo todo, mas só um tipo de família – a dele.

Mas o caso suscitou novamente uma controvérsia linguística. Qual a forma politicamente mais correta: homossexualismo ou homossexualidade? Esse debate não é novo, e muitos dizem que cabe aos membros da própria comunidade LGBTQIA+ decidir como devemos nos referir a eles. Não vou entrar nessa polêmica, que envolve lugar de fala e outras questões atinentes à linguagem inclusiva. Vou apenas expressar minha opinião com base no meu conhecimento de língua.

Critica-se a forma homossexualismo alegando que o sufixo ‑ismo remete à ideia de doença ou patologia. Teríamos então nanismo, autismo, sedentarismo, etc., ao passo que o sufixo ‑dade de homossexualidade seria mais neutro, denotando condição – uns chamam até de opção (o que não é o caso, já que ninguém escolhe ser homossexual) ou orientação.

Entretanto, há inúmeras contraprovas desse argumento. Em primeiro lugar, o sufixo -ismo aparece em capitalismo, marxismo, classicismo, romantismo, automobilismo, alpinismo, cristianismo, budismo, e muitos outros.

Em segundo lugar, o sufixo ‑dade ocorre no nome de várias patologias: ansiedade, obesidade, hiperatividade.

Portanto, penso que não há nada de negativo em homossexualismo e nada de neutro ou positivo em homossexualidade. Ainda que os portadores dessa condição tenham sua preferência vocabular – e eles estão no seu direito –, não vejo sentido em repreender alguém por usar outro termo que tem exatamente o mesmo significado. Ou seja, sufixos não são bandeiras ideológicas, são meras ferramentas da língua para expressar conceitos. Há muitos indivíduos homofóbicos usando a palavra homossexualidade, assim como há muitos simpatizantes da causa LGBTQIA+ empregando homossexualismo, tudo por uma questão de hábito, sem qualquer outra conotação.

E em tempo: parabéns ao senador Contarato por sua coragem e postura cívica e a todos aqueles que, como ele, se sentiram ofendidos por um babaca.

8 comentários sobre “Homossexualismo ou homossexualidade?

  1. Caro Professor Aldo, boa noite!

    O senhor está estragando o seu trabalho ao mistura-lo, inutilmente, com política radical.

    Admiro seu trabalho, mas estou surpreso e triste ao mesmo tempo, pelo desandamento dos seus textos.

    Quem lê seus artigos, quer aprender. Não quer ser doutrinado politicamente, ainda mais em intervenções já castigadas pela vã repetição.

    Essa mistura não tem futuro. Só vai afasta-lo de muitos leitores que querem, como eu, tão-somente aprender, sem ter que aguentar defesas apaixonadas por políticos e, muito menos, por “narrativas”, de um ou de outro lado, que ninguém mais aguenta ouvir.

    “Limpe” seus textos e mantenha-os no campo da isenção.

    Entenda a minha intervenção e saiba, repito, que os “blá, blá, blás” da política em nada mudam os rumos da maciça maioria de adultos que já traçaram seus rumos pessoais.

    Gostaria muito de continuar a desfrutar de seus excelentes textos, sem me chatear com infiltrações impertinentes de ideologias.

    Att.

    1. Deixe-me esclarecer algumas coisas. Em primeiro lugar, neste blog falo sobre os mais diversos assuntos, linguística é apenas o mais recorrente deles. Conforme digo na própria apresentação do blog, que você provavelmente não leu: “Este blog não é necessariamente sobre linguística ou língua – embora estes tendam a ser temas frequentes aqui –, mas é, antes, um blog feito por um linguista, isto é, por alguém que tem a tentação de interpretar a realidade sob o prisma da linguagem […]. Aqui me permito refletir e falar sobre os mais diversos assuntos – linguagem, educação, comunicação, mídia, estética, arte, cultura pop e cultura em geral, realidade cotidiana (do nosso país e do mundo) e até filosofar sobre a existência. E também me permito expressar opiniões. […].”
      Em segundo lugar, falo sobre política sim, pois, como cidadão, tenho esse direito. E se há leitores como você, que não gostam quando falo sobre política, especialmente quando critico os fascistas e os negacionistas, há muitos outros (a maioria, por sinal) que gostam. Aliás, seu incômodo com o assunto que tratei aqui me faz crer que você seja fã do Fakhoury (e por tabela do Bolsonaro) e, portanto, um homofóbico.
      Em terceiro lugar, o que faço predominantemente no meu blog é divulgação científica da linguística, portanto meu blog não é de educação, é de entretenimento cultural. Enfim, se não está gostando, há muitos blogs bolsonaristas – alguns financiados com verba pública – para você seguir.

      1. Caro professor doutor Aldo, bom dia!

        Venho aqui, mais uma vez, para parabenizá-lo pelo seu trabalho no blogue e no canal do YouTube (os que conheço). Mesmo que as pessoas não concordem integralmente e sempre com o que as outras dizem, escrevem e expressam, deveriam respeitar o espaço próprio em que alguém expõe suas ideias, como o senhor aqui faz. Em momento algum seus escritos soam radicais, pelo menos do meu humilde ponto de vista; estou certo de que o senhor, professor, se manifesta bem equilibradamente, pois já tivemos oportunidade de vê-lo rechaçando prescrições de pautas características de daqueles que se apresentam como progressistas (seja lá o que isso signifique), assim como, com todo o direito e segurança, igualmente aponta os terrores federais de nossa atualidade.

        Essa turma que mal consegue disfarçar sua defesa do [des]governo presente tem horror a determinadas palavras, desconsiderando que fazem uso de mecanismos similares aos de seus identificados e declarados adversários e inimigos, os “impuros” e infiéis que eles caçam pelo mundo, sob a égide do seu Deus – recuso-me a crer que seja o mesmo Senhor dos Exércitos da tradição judaico-cristã, ainda que Este também seja difícil de tratar brevemente –, uma personagem que está mais para Senhor das Milícias do que para qualquer outra coisa digna de respeito, sem conseguir sair duma parca polarização pra raciocinar minimamente, o que requer tempo (quero dizer, dedicação), calma, repertório, educação… É preocupante que o senhor Flávio Noronha, que não é o primeiro a resmungar de “infiltrações ideológicas” por aqui, lhe peça que “limpe” seus textos e lhe cobre uma suspicaz postura isenta e neutra – escusado dizer que, no mínimo, ele deve querer que o senhor se isente de simplesmente analisar por sua própria cognição a conjuntura social como um todo do Brasil e diagnosticar os problemas, para não criticar negativamente os representantes que lhe são caros (a ele, Flávio), aparentemente –, o que claramente é tentativa de censura na Internet (veja só, na vastidão das redes querem controlar, depois reclamam dos “esquerdistas”! Só de ouvir ou ler esta palavra já imagino o que de tosco vem a seguir). Já li um comentário, em resposta a outra pessoa, em que o autor afirmava não haver neutralidade e isenção, que tudo era uma tomada de posição; no caso, essa pessoa parecia “ser de esquerda”, para simplificar, pois o conteúdo do vídeo a que se referiam os comentadores era de alguém mais “à direita” – termos confusos para aplicar a qualquer coisa em nosso país… Mas não tenho certeza disso, creio que haja, sim, um equilíbrio, uma visão justa, diferente da pejorativa alcunha “isentão”.

        Não estou particularmente interessado em discorrer sobre atos políticos, então não me sinto ofendido pelo que leio aqui, na medida em que não defendo um ou outro indivíduo da política nacional, mas é inevitável o tema aparecer ao estudarmos virtualmente qualquer coisa e ao aprofundar-se nas implicações diversas da língua, da gramática, da linguística, da semântica, etc. Digo expressamente que não me identifico efetivamente com quaisquer pessoas do cenário político brasileiro e não estou absolutamente preocupado com quem o senhor por acaso estime, até porque nunca o vi citar alguém em tom de propaganda pessoal, gratuita ou não, e desde que conheci seu trabalho senti muita qualidade e seriedade no tratamento das coisas. Porventura posso discordar do senhor por suas conclusões estarem calcadas na pesquisa linguística, que nem sempre corroboram as gramáticas normativas e prescritivas, apesar de eu igualmente me irritar com elas muitas vezes, mas isso faz parte, não é?

        Quanto ao tema em si do título de sua postagem, concordo que tanto faz o sufixo ismo ou o sufixo idade, apesar do primeiro me passar também, ligeiramente, uma ideia de vício, repetitividade – no caso, de algo altamente condenável por muitas pessoas, por instituições, etc. -, e portanto escolha, ao passo que o segundo implicaria numa característica independente da vontade da própria pessoa homoafetiva e/ou homossexual, denotando meramente uma condição natural, não produzida nem deliberada; talvez esse fio condutor de pensamento esteja na lógica argumentativa dos que propõem o desuso duma palavra e o emprego da outra. Eu gostaria de citar um exemplo da língua inglesa: cristianismo é christianity, não ‘christianism’, e cristandade é christendom; se apenas transpuséssemos a versão portuguesa do sufixo ity de christianity, teríamos cristandade, que naquele idioma é bem outra palavra, com sufixo de étimo germânico. Talvez eu restringiria a palavra homossexualismo quando ela se refere a uma característica recorrente duma obra literária, por exemplo, à temática e aos interesses abstratos, por assim dizer, e homossexualidade ao comportamento e à percepção do próprio indivíduo homossexual, enquanto homoafetivo seria aplicável aos sentimentos em relação a alguém de mesmo sexo, sejam de interesse no ato sexual ou, platonicamente, nos aspectos sentimentais. Nesse sentido poderíamos falar do suposto homossexualismo das composições literárias da poetisa Safo – está aí uma palavra morta, ou em vias de ser assassinada e enterrada, uma vez que as escritoras de tendências feministas (ou neofeministas?) enxergam em poetisa uma aplicação depreciativa do ofício da mulher que se dedica à composição literária, assim como papisa, que não sei donde tiraram, já que uma mulher não pode chegar ao cargo de Episcopisa de Roma, ainda que possa ser uma episcopisa na Igreja Anglicana e na Igreja Luterana da Suécia, até onde conheço; houve uma atriz australiana que declarou sua preferência por ser chamada ator (claro, em inglês, o feminino a ela atribuível é ‘actress’, mas ela sugere que gostaria de ser tratada por ‘actor’). Na época da senhora Dilma Rousseff, muitos a chamavam presidenta, o que não me soa bom, ao lado de sargenta e giganta, mas não sinto o mesmo desconforto ao escutar governanta; alguém poderá dizer que o incômodo se deva à importância das funções e atribuições dessas atividades, mas não concordo com essa interpretação: nada tenho contra o exercício do cargo de presidência da república por uma mulher (cisgênere, para ser mais preciso), idem quanto à presença delas nas Forças Armadas, desde que guardadas as especificidades biológicas para a própria segurança e integridade física das mulheres, mediante precipuamente a educação, a conscientização e a sensibilização dos homens, desde meninos, quanto a suas responsabilidades na vida. Meus questionamentos ficam só na gramática, mesmo, sem pretensões revisionistas ou supervisionadoras do falar alheio.

        Há palavras em português e outras línguas ocidentais influenciadas pelo latim e pelo grego que trazem o sufixo ism, muito útil para designar escolas de pensamento, por exemplo, mas que não refletem muito adequadamente seus entendimentos originais, v.g.: budismo, que o senhor citou, e que é um assunto de grande interesse meu; podemos estender a análise desse substantivo também aos nomes hinduísmo, jainismo, confucianismo, taoismo [tauismo] e xintoísmo, para ficarmos no Oriente, por ora. Aplicando o sufixo ism(o) ao título Buda, que é um nome apelativo, não próprio, depreende-se que seja a doutrina do Buda. Mas não há uma palavra assim próxima de significado nas línguas indianas, que marque com um simples sufixo o conceito em questão; o que os europeus encontraram na subcontinente indiano foi o darma, um vocábulo polissêmico, de muitas acepções conforme o contexto; o que se chama genericamente hinduísmo, a forma religiosa sucessora do bramanismo védico, é inexistente na Índia, que vai se dizer seguidora do ‘sanātana dharma’, “o” darma eterno, “o” caminho permanente, já que é uma tradição religiosa sem um fundador, a exemplo do budismo, que começa no Despertar do príncipe Sidarta Gautama, e do jainismo, com o asceta Maavira; estas duas são conhecidas por ‘buddha dharma’ e ‘jaina dharma’, respectivamente ‘o ensinamento do Desperto’ e ‘o ensinamento do Vencedor’. Na terminologia budista há o substantivo buddhatā, traduzível como budidade, e que na escola ou orientação maaianista define a natureza dum buda, os substantivos buddhatva e buddhabhāva, também traduzíveis por budidade, mas que denotam a qualidade, o estado dum buda, isto é, o estar desperto, acordado, a condição búdica. No caso do termo confucianismo tomou-se o nome de família (pinyin kong, Wade-Giles k’ung) do mais conhecido mestre da cultura chinesa antiga e clássica para o que em chinês mandarim se diz ‘ru jiao’ (pinyin) ou ‘ju chiao’ (Wade-Giles); para taoismo, o elemento base é ‘dao’ ou ‘tao’, que significa caminho, e é uma sílaba que aparece no japonês ‘shintō’, formado de ‘shin’ que significa basicamente espírito, deidade, e ‘tō’ caminho. Voltando para o semitocentrismo do Ocidente, cito a palavra islamismo, que também podemos chamar abreviadamente islão ou islã, e que alguns desavisados (um deles filósofo, professor doutor; não citarei seu nome, mas o tenho em grande consideração, e não posso deixar de observar que ele pronuncia estoico com o ditongo fechado em vez de aberto, assim como uma antiga professora minha, de biologia, escrevia protéico no quadro, mas prolatava enfaticamente protêico) escrevem e/ou pronunciam islam (“isslám”), para o que naturalmente no vernáculo é /izlãu/ ou /izlã/; inclusive, muita gente escreve imã em vez de ímã, desconhecendo que imã (oou imame) é um clérigo muçulmano, um sacerdote maometano.

        Em todo caso, parece que muita gente não tem mais o que fazer, pois querem achar pelo em ovo e sair corrigindo meio mundo. No entanto, são justamente os menos qualificados que facilmente se ocupam, superficial e seletivamente, dessas questões da língua, na mesma onda da linguagem neutra, sobre a qual o senhor falou magistralmente em conversa com os professores doutores Rosane Reis e Pablo Jamilk. O perverso nessa história toda é que o fato, a realidade da cor da pele dos três ser branca, caucasiana, e de dois dos três serem homens cisgêneres heterossexuais – o que “pioraria” a situação –, não seria legítimo, para os proponentes dessa reengenharia da linguagem em geral, que pessoas assim prescrevessem o correto, ou recomendassem um uso amparado em tradição gramatical, natural da língua. Essas ataduras do pensamento, de intenção lacradora e largamente pseudocientíficas, nos impedem de progredir de fato. Não dá pra colocar determinados assuntos numa numa planilha do Excel, classificando cada átomo de nossa complexa existência.

        O ensino do português é terrível na escola pública, e eu não diria que seja por causa do corpo docente, mas porque a maioria dos alunos não gosta da própria língua; em todos os meus anos de escola fundamental e média via meus colegas reclamando das aulas, sendo raro alguém que estudasse e entendesse o conteúdo delas. Eu próprio só fui gostar de língua portuguesa na oitava série, apesar de já ser bom em ortografia bem antes disto; mas em seguida vieram as aulas de literatura, que não me cativaram. Ninguém quer saber de regras gramaticais, cuidado ao organizar e exprimir o pensamento com clareza, escrever algo de fundamento… o que interessa hoje são os “games”, os aparelhos celulares que tudo sabem e fazem, as conversas frívolas, a bebedeira e o torpor mental seguidos da música sertaneja (dessas recentes, profissionais, pois não quero ofender as tradições regionais de qualquer parte do Brasil), o deboche e o descaso escancarado e proposital com a língua materna, empregando inúmeros termos, gírias, padrões e até pronúncias (e grafias, no registro de antropônimos e nomes de estabelecimentos, marcas, etc.) estrangeiras, quase sempre de influência (ou imposição?) inglesa, em detrimento do conhecimento do vernáculo e suas infinitas possibilidades, que faz tantas palavras morrerem e está forjando a norma “culta” do futuro. Por sinal, em sua entrevista ao senhor paquistanês Aftab, vimos a extensão da inclusão de vocabulário inglês por lá na sua terra natal, que também há na Índia, decorrente da exploração britânica passada e da “cultura” norte-americana corrente; que também “ensinou” muitas palavras à língua japonesa no pós-guerra; que impera em muitas cidades da África Subsaariana. Não quero soar saudosista nem portador do complexo de vira-latas, mas é muito triste e desestimulante o quadro geral da língua e da cultura aqui, de modo que o senhor já tratou da problemática com maior destreza; sei que o senhor é sobretudo um linguista, não um gramático, e por isso às vezes divirjo de suas conclusões por eu preferir um uso a outro, ou estar mais inclinado a uma inovação ou a uma conservação, v.g.: grafia de topônimos (exotopônimos, endônimos, exônimos, heteroglotônimos, etnônimos, exoetnônimos), que são extreamamente trabalhosos para estabelecer, e nomes comerciais (aqueles com apóstrofo e esse!) e antropônimos, etc. Os hispanófonos e os lusitanos empenham-se bem a adaptar muitos nomes, ao contrário dos nossos “luminares” da Academia, como um professor, cujo nome também declino, recorrentemente escreve num guia de português recente…

        Novamente, agradeço-lhe o espaço, a atenção e a dedicação à divulgação científica que o senhor empreende.

      2. Caro Roger, muito obrigado pelo seu comentário. Como tenho sempre dito, meu blog é meu canal de expressão pessoal e como cientista e intelectual. Procuro comentar tudo o que me chame a atenção e eu ache relevante, e a política brasileira ultimamente tem me chamado bastante a atenção. Principalmente quando consigo extrair dela algo de linguístico, como fiz nesta última postagem. Não faço política partidária e não apoio nenhum político em particular; aliás, nenhum político brasileiro tem me empolgado no momento. Ou seja, toda eleição, acabamos votando sempre no “menos pior”. Mas não posso me calar diante dos descalabros que vimos assistindo nestes últimos anos. Não vou deixar de ser quem sou ou de pensar como penso apenas para atrair “likes”. Tampouco desejo doutrinar meus seguidores: quem quiser discordar de mim, sinta-se à vontade. Apenas peço que me respeitem como eu respeito a todos os que fazem por merecer tal respeito. Um grande abraço!

      1. Muitos parabéns, professor.

        Repito meus singelos elogios às postagens que leio em sua página, apesar de não comentá-las todas (pela extensão do que escrevi acima, pode-se perceber que versei sobre tópicos tratados previamente); estou seguro de que a maioria de seus leitores sente e aprecia a mesma clareza, precisão e responsabilidade que eu sinto nos conteúdos que o senhor produz, e não serão os disparates dalguns poucos crédulos incautos que lhe estragarão a ótima qualidade, independentemente dos temas tratados e das várias implicações abarcadas nos comentários.

        Que o senhor siga sempre em frente, e acima, dedicado ao trabalho que cumpre com talento.
        Também envio um grande abraço virtual ao senhor, assim como a todos os mestres do seu notável gabarito!
        Aos leitores, peço-lhes perdão por quaisquer chatices em meus circunlóquios. Obrigado pelo espaço e pelo estímulo às ideias e aos pensamentos edificantes.

  2. Concordo plenamente com seu artigo.
    Deixei de usar o termo “homossexualismo” não por ser designativo de doença — pois não o é —, mas para evitar dissabores com lacradores, caçadores de “likes” e tipos semelhantes que povoam a Internet. Não tenho paciência para isso, e só comento numa publicação quando sei que serei respeitado, como ocorre aqui.
    Há algum tempo fiz um teste num dicionário de rimas “on-line”: lancei lá uma palavra terminada em -ISMO e pedi todas as palavras registradas que rimam com ela.
    Veio uma lista grande de termos com esse sufixo, agrupados conforme o número de sílabas.
    Contei os que denominam doenças ou termos médicos: não mais do que dez.
    Experimentem e brinquem também: https://www.rhymit.com/pt/

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